sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ela e o Mar

Antes de dormir, cabe um poema?
Com letras maiúsculas no início dos versos
do jeito que eu nem faço mais

É que toda vez que ela vai embora
É como se eu olhasse a me despedir do mar
Admirando a vastidão e sem saber
Se um dia de novo vou poder lhe contemplar

Mesmo que partisse no horizonte
E eu ficasse triste a ver navios
Queria que enfim se descobrisse mar
E não se ativesse tanto ao seu vai e vem de marés
É que mar é como amar e é assim: instável
Dissolve o medo que nunca toma parte de sua natureza

Todo mar  vai ao longe e em profundezas
Tem o fantástico e profundo dentro de si
E deságua sempre em incomensuráveis oceanos
Assim como você vive e quer se fazer ser



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