domingo, 11 de abril de 2010

[sem título]

créditos pela imagem: Terreta
Sakountala ou Çacountala
ou L'Abandon ou Vertumne et Pomone
(1886-1905) - Camille Claudel

Eu amo.
Eu amo utopias.
Utopo os amores.
Amoreio os utopores.
Utoporo as amorias.

Desconecto o sentido
Que vem do imediato
E emerge da boca, trivial

Seus lábios são doces
Minha garganta doente.
Eu fantasio você
E você me fantasia
Traveste-me!
De seus interesses.
De seus convenientes.
A mim tão inconvenientes.

Perto de ti eu sou tudo
Tudo que ninguém é.

Meus projetos são os seus
Que se foda o que penso
Que se foda que existo
Que se foda o que sou.

Serei então você
Serei então... nada.
Orgulho tenho pouco
Nunca quis isso mesmo
Nunca quis ser eu pra alguém
.


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