sexta-feira, 15 de abril de 2011

Invólucro de dedos

às conversas perdidas no passado encontradas em hoje.

Em invólucro
apertada
entre dedos
quis se fechar
Lacrada
invulnerável
inefável

Quis se personificar
solidão em essência
apertada
vendo nas frestas
da grande mão
lampejos de vidas outras

Quis nelas tocar
Seu querer de ser só
viu-se esvaecer
naquilo que olhava
E que era um tantinho
em que se agregava.

Nisso se moldava
se desprendia
membro, membro, cabeça
um por um
em paulatino saía.

E uma por uma
também não mais foi
E se transmutava
numa mais umas
Pessoas várias
que trazia pra si.

Se se isolava
em retraimento
agora se perdia
Mas sentia um desejo
de encontrar a si mesma
que jazia em espírito
ou num ponto de ônibus
desses quaisquer
onde está estacionado o passado.

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A obra
Invólucro de dedos de Diego? Chuck? Glommer? foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Brasil.
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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Angústia

Minha palavra é letra morta
Queria terminar aqui o poema
Minha angústia também
Só que ela não cessa em estrofes

Tudo aparece descolado
deslocado do mundo
Será imaginação?
Esquizofrenia?

Podia, se assim for
ser tudo euforia

Não é.

Uberlândia, 13/04/2011 - 02:03 h AM

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A obra Angústia de Diego? Chuck? Glommer? foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não Adaptada.
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