segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tolo amor


Imagem: LensENVY

Nem sei se eu a amo.
Ou se é fixação inconsequente
Em conluio com minha incoerencia
Jorrando...
Da fonte, veneno de serpente.

Entre os quadros milimetrados
Intercalados em meu pensamento
Vejo seus dentes no primeiro dia
Afagando o ar ao seu e meu redor

Pouco tempo depois a odiei
Ilusão foi como na primeira vez
Que a vi e que logo a amei
Conpenetrado em sua indiferença.

Logo mais você me bem quis
Mas não eramos uma sinfonia
Eu a desejei de todo, o mundo.
Você me via assim tão fraternal.

Nos entremeios de cabelos
Que se cacheiam tão negros
O universo se revela
Em psicodélicas brumas astrais

Mas eu nem sei como a quero.
Anseio beijar sua derme reluzente
E morder de leve seus lábios de flor
Bobo com seus olhos brilhantes.

Mas não é simples assim
Há muito tenho medo de tudo
Dos sonhos e mesmo do futuro.
E acabo deixando para lá
Entrego minhas fantasias para o mar

3 comentários:

  1. "Mas não é simples assim
    Há muito tenho medo de tudo
    Dos sonhos e mesmo do futuro.
    E acabo deixando para lá
    Entrego minhas fantasias para o mar"
    Bello texto, vou te favoritar este blog tem conteudo coisa rara de se ver abraços...

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  2. que delicia de blog,
    eu estou apenas começando nessa coisa de "blogar" , mas já to apaixonada!
    parabéns .. a tempos uma leitura nao me surpreendia assim!

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  3. Não anseie por calcular como, quanto, quando! Viver e se permitir é o essencial...

    (Minha psicóloga sempre diz isso), hahaha

    =***

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