sábado, 28 de fevereiro de 2009

Velharia da Semana . # 2 (Metropolis)



Esta semana vou colocar aqui um filme que gosto bastante: Metropolis.

Ainda me lembro a primeira vez que peguei para vê-lo. Logo vi o tempo de duração, constatei que era meio e longo e pensei: "Eah... acho que vou assistir isso parcelado em duas ou três vezes".
Afinal, estava vendo mais por obrigação, para entender um pouco melhor o que seria o tal do expressionismo alemão.

O que ocorreu é que esse filme mesmo sendo mudo, mesmo sendo em preto e branco e mesmo longo conseguiu me prender de tal forma que o vi de uma vez só (o.O) e deste então figura na minha modesta lista dos melhores filmes que já tive a oportunidade de ver. E isso tanto no que se refere ao que concebo como uma trama bem construída, tanto no que se refere ao excelente trabalho do diretor Fritz Lang em elaborar toda a áurea de uma cidade futurista que até hoje chega a impressionar quem vê.

Enfim, não vou chateá-los me alongando ainda mais sobre minhas impressões pessoais. Vou deixar aqui algumas imagens, uma breve sinopse, a ficha técnica e algumas curiosidades. E assistam se possível. Pois vale muito a pena para quem gosta de cinema de verdadeira qualidade.


Ficha Técnica

Título Original: Metropolis
Mudo / Preto e Branco
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (Alemanha): 1927
Site Oficial: www.kino.com/metropolis
Estúdio: Universum Film S.A.
Distribuição: Paramount Pictures / Kino International
Direção: Fritz Lang
Roteiro: Fritz Lang e Thea von Harbou - baseado em livro de Thea von Harbou
Produção: Erich Pommer
Música: Gottfried Huppertz
Fotografia: Karl Freund e Günther Rittau
Direção de Arte: Otto Hunte, Erich Kettelhut e Karl Vollbrecht
Figurino: Aenne Willkomm

Elenco
Alfred Abel (Johhah "Joh" Fredersen)
Gustav Fröhlich (Freder Fredersen)
Brigitte Helm (Maria / Robô)
Rudolf Klein-Rogge (C.A. Rotwang)
Fritz Rasp (Slim)
Theodor Loos (Josaphat)
Heinrich George (Grot)
Erwin Biswanger (Georg)

Sinopse:

Enquanto os mais ricos vivem em magníficos arranha-céus numa cidade futurista do ano de 2026, os demais são obrigados a trabalhar isolados em seus subterrâneos. Esses operários veneram uma jovem, chamada Maria, e a seguem fervorosamente.
Um cientista cria um robô capaz de imitar perfeitamente um ser humano. Joh Fredersen, governante maior da cidade, ao descobrir a influência de Maria junto aos operários ordena que seja escondida e que tal robô fique no lugar dela e com isso faça com que os trabalhadores sigam o que ele bem entender.
O que não esperava no entanto é que seu filho, Freder, ao se aventurar pela Cidade dos Operários fosse se apaixonar pela verdadeira Maria.



Curiosidades

- Metropolis paradoxalmente costuma ser tido como expoente máximo do expressionismo alemão e ao mesmo tempo como momento derradeiro do movimento. Outros filmes expressionistas: O Gabinete do Dr. Caligari, Nosferatu, M - O Vampiro de Dusseldorf, Fausto, Nosferatu.

- O filme impressionou tanto a Hitler que este chegou a pedir que Goebbels, seu ministro do Povo e da Propaganda, fosse atrás do diretor Lang para que fizesse filmes para o Partido Nazista. Lang então saiu do país, onde chegou a criar filmes contra o próprio nazismo. No entanto, sua esposa The von Harbou, que simpatizava com os nazistas acabou aceitando a proposta e trabalhando para eles.

- À época, devido principalmente aos custos com cenários e a o grande número de figurantes, Metropolis foi a produção mais cara produzida na Europa.

- Fritz Lang não gostava da solução "conciliatória" que a esposa, que escreveu o roteiro, deu ao filme e à luta de classes. Chegava inclusive a afirmar que o final era falso. A mensagem contida no final se tornou célebre: "O mediador entre o cérebro e as mãos é o coração".

Bem... por hoje é só. Até a próxima.

P.S.: Eu não me esqueci dos selos recebidos esses dias. Vou dar um jeito de postá-los amanhã no máximo.


Abraços
.

Fontes
- Guia de DVD - 2002. Ed. Nova Cultural.
- Adoro Cinema
- Wikipedia
- Cinematógrafo

9 comentários:

  1. Diego,

    Mais uma vez com um excelente texto, apesar de não conhecer o filme e nem o "expressionismo alemão" entendi bem o que o filme quer passar, procurarei mais sobre e talvez até o veja. Parabéns.
    Obrigado.

    Maycon Dantas

    ResponderExcluir
  2. Pois é, ia passar pra te avisar, mas o sono falou mais alto e "caí" na cama. Adoro seu blog, tanto que "vivo" lá...rsrsrsrs...
    Depois me ensina como colocar o selo em html. bjs.

    ResponderExcluir
  3. Eu acho que vou ter que estudar um pouco mais sobre a Alemanhã Nazista antes de assistir a essse filme. rs rs rs.
    Confesso que o cinema mudo não é o meu forte, mas tenhao paixão por filmes. Os de Pedro Almodóvar e Gus Van Sant são os meu preferidos.
    Sobre o post anterior, eu posso dizer que fui vitima do carater manipulador da televisão que forma massas mosntruosas de seres incapazes de pensar por conta própria. Essa história está no meu blog, contei a um tempo atrás. Gostei desse laugar e prometo voltar. Beijos.

    ResponderExcluir
  4. Opa, vi este filme há muito, muito tempo. Praticamente na pré estreia, hehehe, brincadeira.

    Obrigada pela visita ao Fio na entrevista da Mai. Toda sexta tem entrevista. Querendo, apareça.

    abraço

    ResponderExcluir
  5. Era isso mesmo...mas penso que consegui resolver o problema!abçs e bom domingo :)

    ResponderExcluir
  6. Muito bom o Post.Fiquei muito feliz de ver Metrópolis aqui. Assisti na versão acompanhada pelas músicas do Queen (que algumas pessoas não gostam, mas eu adorei) e considero o filme uma obra prima. Quando penso que eles fizeram um filme como esse naquela época chega a me cair o queixo.

    O Grupo Queen por sinal era fã fervoroso deste filme, a homenagem que fazem ao filme no clipe de Radio Ga-ga é emocionante.

    Por falar em selo, eu também andei te condecorando com um. E veja o que falo sobre o seu Blog lá.

    http://livroquequeroescrever.wordpress.com/2009/03/01/o-livro-que-quero-escrever-recebe-seu-primeiro-selo/

    Um grande Abraço

    ResponderExcluir
  7. eu nuuunca vi esse filme!
    e nem ouvi falar, mas eu já sei que não faz muuito o meu estilo, filmes alemães podem ser tão estranhos!
    XD

    beeeeeeijo moço!

    ResponderExcluir
  8. Obaaaaaaaaaaaa
    Vc voltou!!Tô te linkando amore!!
    E como sempre trazendo novidades!!
    Nunca vi este filme mas vc me deixou curiosa...e mesmo sem ver o filme eu gostei da frase da esposa,não achei falso...Eu acredito nas pessoas,no amor,na mudança!!!Bjus e saudades de vc!!!

    ResponderExcluir
  9. então...

    foi a academia que me apresentou, uma querida professora de arte contemporânea; pois é, assim ela classificou Metrópolis. claro que estávamos mergulhados no expressionismo...

    ele foi indicado no top 100 Bravo, melhores filmes "ever". já que gosta de filmes antigos, tem muita indicação boa lá.

    prazer, Dani(ela).

    ResponderExcluir