
Esta semana vou colocar aqui um filme que gosto bastante: Metropolis.
Ainda me lembro a primeira vez que peguei para vê-lo. Logo vi o tempo de duração, constatei que era meio e longo e pensei: "Eah... acho que vou assistir isso parcelado em duas ou três vezes".
Afinal, estava vendo mais por obrigação, para entender um pouco melhor o que seria o tal do expressionismo alemão.
O que ocorreu é que esse filme mesmo sendo mudo, mesmo sendo em preto e branco e mesmo longo conseguiu me prender de tal forma que o vi de uma vez só (o.O) e deste então figura na minha modesta lista dos melhores filmes que já tive a oportunidade de ver. E isso tanto no que se refere ao que concebo como uma trama bem construída, tanto no que se refere ao excelente trabalho do diretor Fritz Lang em elaborar toda a áurea de uma cidade futurista que até hoje chega a impressionar quem vê.
Enfim, não vou chateá-los me alongando ainda mais sobre minhas impressões pessoais. Vou deixar aqui algumas imagens, uma breve sinopse, a ficha técnica e algumas curiosidades. E assistam se possível. Pois vale muito a pena para quem gosta de cinema de verdadeira qualidade.

Ficha Técnica
Título Original: Metropolis
Mudo / Preto e Branco
Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (Alemanha): 1927
Site Oficial: www.kino.com/metropolis
Estúdio: Universum Film S.A.
Distribuição: Paramount Pictures / Kino International
Direção: Fritz Lang
Roteiro: Fritz Lang e Thea von Harbou - baseado em livro de Thea von Harbou
Produção: Erich Pommer
Música: Gottfried Huppertz
Fotografia: Karl Freund e Günther Rittau
Direção de Arte: Otto Hunte, Erich Kettelhut e Karl Vollbrecht
Figurino: Aenne Willkomm
Alfred Abel (Johhah "Joh" Fredersen)
Gustav Fröhlich (Freder Fredersen)
Brigitte Helm (Maria / Robô)
Rudolf Klein-Rogge (C.A. Rotwang)
Fritz Rasp (Slim)
Theodor Loos (Josaphat)
Heinrich George (Grot)
Erwin Biswanger (Georg)
Sinopse:
Enquanto os mais ricos vivem em magníficos arranha-céus numa cidade futurista do ano de 2026, os demais são obrigados a trabalhar isolados em seus subterrâneos. Esses operários veneram uma jovem, chamada Maria, e a seguem fervorosamente.
Um cientista cria um robô capaz de imitar perfeitamente um ser humano. Joh Fredersen, governante maior da cidade, ao descobrir a influência de Maria junto aos operários ordena que seja escondida e que tal robô fique no lugar dela e com isso faça com que os trabalhadores sigam o que ele bem entender.
O que não esperava no entanto é que seu filho, Freder, ao se aventurar pela Cidade dos Operários fosse se apaixonar pela verdadeira Maria.

Curiosidades
- Metropolis paradoxalmente costuma ser tido como expoente máximo do expressionismo alemão e ao mesmo tempo como momento derradeiro do movimento. Outros filmes expressionistas: O Gabinete do Dr. Caligari, Nosferatu, M - O Vampiro de Dusseldorf, Fausto, Nosferatu.
- O filme impressionou tanto a Hitler que este chegou a pedir que Goebbels, seu ministro do Povo e da Propaganda, fosse atrás do diretor Lang para que fizesse filmes para o Partido Nazista. Lang então saiu do país, onde chegou a criar filmes contra o próprio nazismo. No entanto, sua esposa The von Harbou, que simpatizava com os nazistas acabou aceitando a proposta e trabalhando para eles.
- À época, devido principalmente aos custos com cenários e a o grande número de figurantes, Metropolis foi a produção mais cara produzida na Europa.
- Fritz Lang não gostava da solução "conciliatória" que a esposa, que escreveu o roteiro, deu ao filme e à luta de classes. Chegava inclusive a afirmar que o final era falso. A mensagem contida no final se tornou célebre: "O mediador entre o cérebro e as mãos é o coração".
Bem... por hoje é só. Até a próxima.
P.S.: Eu não me esqueci dos selos recebidos esses dias. Vou dar um jeito de postá-los amanhã no máximo.
Abraços
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Fontes
- Guia de DVD - 2002. Ed. Nova Cultural.
- Adoro Cinema
- Wikipedia
- Cinematógrafo