quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ruirá

                                                            Créditos pela imagem: Tanozzo

esse teto cobre céu
que pedra a lua
ruirá

por peso de lua
que estrela lamentos
ruirá

ruirá os penhores
que retêm corajosos
pra esmagar os receios
e esfumaçar extintores de medo

ruirá eu sei ruirá
as dívidas pros deuses
que pisoteiam as gentes
e envergam verdades

ruirá as paredes
dos quartos fechados
de enclausurados em si
de amores desapaixonados
em lacrimejo amarrotado
as feridas não machucadas
de cicatrizes imaginadas
de ousadias desacontecidas

ruirá eu sei ruirá
este poema
de palavras molengas
e ardor convulsionado
em explosão de lirismos
de avexo pra coração batucado
a cumprir tristes penas
por não caber por aqui
o que não caibo em mim

Um comentário: