sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sem sinestesia por favor

créditos pela imagem: FernandoOliveira


No oráculo da casa
com a rua na mira
eu li poesia
Sem os olhos
Li com os dentes
a língua
e a saliva
Li rompendo o veludo
a água escorrendo
eu mordiscava a semente

Nem precisei de letras
Só o rubro amarelo numa mão
Roxo-terra noutra
Doce amargo leve
Eu li deglutindo
Não foi sinestesia
Não virei uma página
Nem precisei

Há lirismo demasiado
entre um pêssego
uma goiabada
e a calçada lá fora

- Uberlândia, 16/11/2012 / 13:11h
   Com céu nublado e o sol dando as caras no instante.

Um comentário:


  1. Olá! Gostei mt do blog e da escrita! Parabéns!

    Se quiser visitar o meu espaço e espreitar o k escrevo aqui fica o endereço
    http://lualibra.blogspot.pt/

    XOXO

    Sarah

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