segunda-feira, 16 de abril de 2012

Poema n. 1

Ando triste uns cinquenta dias por mês
Na penumbra de meu quarto
me escondo da escuridão do mundo
Muito de tudo é tão lisonjeiro
Salpicado com agrados passageiros

Aperta a rosa bela
Estende sua rubridão
para escorrer na saliência de suas veias
imiscuindo o espinho em carne

Troca então de pessoa
diz que é ele e diz que sou eu
no movimento escorrido da palavra
vertendo da boca espumante de querer
uns trocados da vida pra se enaltecer
alardeando felicidade
para os outros se engrandecer
Viver a vida não pra você

Esbofeteei meus desejos
jurei que não eram meus
cidadão sociológico
proveta de humanismo cientificista
se desp(ed)indo de ser gente

A próxima estrofe se encontra em construção.

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