Um anjo só é um anjo para quem crê que é anjo. Pois, do contrário por mais que debande em vôo e venha a exaurir o mais belo brilho, não passará de um homem que só aparentemente faz isso. O mais provável é que não passe de um charlatão que utiliza efeitos especiais, um par de asas postiças junto ao corpo e purpurina espalhada em suas vestes.
Por isso, eu creio que por vezes é preferível manter certas coisas sob uma perspectiva fantasiosa. Afinal de contas, se assim não fosse qual graça teriam os mágicos circenses se os víssemos como os ilusionistas manhosos que são? Ou imagine só o quão triste seria ter certeza que de modo algum existe o paraíso e que tudo se finda quando pararem o coração e o cérebro. (Muitas vezes duvido de vida pós-morte, mas sei que seria bem pior ter certeza de que além daqui nada há...).
Se existem psicopatas de almas certamente são os céticos exaltados. Porque se o ceticismo é valoroso para se compreender o mundo, quando demasiado só serve para matar a fé. E fé é o que alimenta a alma.
Não, meu (inha) amigo (a)... Não falo de fé em deus, ou em religiosidade ou qualquer coisa dessa esfera. A fé que falo, mais que tudo se traduz em esperança de algo melhor. Melhor para você, para mim e para o mundo. Afinal, quem não tem esperança no amanhã incorre a abrigar em suas entranhas um algoz que usa a descrença em tudo como arma implacável, que fere a partir de dentro e faz chagas externas invisíveis, mas que se manifestam como dor insuportável a quem as sofre e àqueles que são seus convivas.
De vez em quando ouço alguma palavra de um ateu que se diz convicto de sua não crença. O que já é contraditório por que essa não crença é também uma crença, que por sua vez é uma crença de quem não crê, mas que crê em algo que é a negação de qualquer crença...
São gente muito confusa, isso eu sei...
Acham que vão transformar o mundo se destituírem as pessoas da religiosidade ou da fé. Por vezes chegam a se portar como tolos que se fazem de rebeldes e sábios e que tudo sabem, mesmo quando nada sabem (o que não é raro). Mal parecem saber que o dilema crucial não é o “crer ou não crer”, mas “crer cegamente ou crer de olhos abertos”.
Pois quem crê de olhos abertos não se permite embriagar no ópio, que Marx e Freud diziam ser a religião. Quem crê de olhos abertos percebe o quanto podem ser mentirosas as apropriações mundanas do que é considerado divino, mas também sabe reconhecer as beneficies das crendices que inspiram coisas boas.
E assim, de pouco importa me indagar se Jesus era filho de deus ou não, se teve um caso com Maria Madalena ou se ressuscitou no terceiro, no quarto, quinto ou em dia algum. Também não interessa saber o que é o Nirvana e como Buda o alcançou. Além do que, tanto faria questionar se uma figura mais “mortal”, tal como Guevara, foi um herói ou um psicótico sanguinário.
O que vale mais é tomar para si essas idéias de amor humanitário trazidas por esses homens, e para isso não é preciso cultuá-los ou tê-los como perfeitos. Já que se as ações podem ser errôneas, e no mais das vezes são, mesmo quando parecem ser ideais. A rota que conduz a um objetivo, por mais sublimes que sejam os planos de chegada, quase sempre se revela enganosa e traiçoeira.
Além disso, crucificar os outros por seus erros talvez seja uma forma covarde de tirarmos de nós mesmos os pesos de nossas próprias cruzes... A crítica não pode deixar de ser um exercício constante também para com nós mesmos. Não pode se deter apenas no aspecto negativo das coisas. Não deve ser só desconstrução. A base de uma crítica deve ser, antes de tudo, uma possibilidade para se vislumbrar novos horizontes.
Afinal, quando muito dizemos mal das ações de outrem esquecemos que nós também não conseguimos realizar tudo aquilo que queríamos. Por isso a(s) história(s) da humanidade é (são) assim: grande livro inacabado, onde sempre esquecemos de ler as notas de rodapé, que são mais extensas que o próprio texto... E no qual impera aquele sentimento de que os pesadelos não traduziram o acalento das palavras de bons sonhos que diziam nossas mães para nos fazer adormecer...
Porém só muda a si mesmo e muda o mundo quem ousa enfrentar os perigos desses pesadelos que sabe lá se vão acontecer. Só se realiza algo relevante quando não se teme e não se deixa desacreditar da utopia...
E assim digo sempre aos malditos conspiradores criados ou não por mim: Nunca me impeçam de sonhar, pois um homem sem sonhos pode até biologicamente viver, mas não é muito mais que um ser morto... Vivendo (?) estático e imerso na podridão dos vazios da descrença do seu próprio eu...
Por isso, eu creio que por vezes é preferível manter certas coisas sob uma perspectiva fantasiosa. Afinal de contas, se assim não fosse qual graça teriam os mágicos circenses se os víssemos como os ilusionistas manhosos que são? Ou imagine só o quão triste seria ter certeza que de modo algum existe o paraíso e que tudo se finda quando pararem o coração e o cérebro. (Muitas vezes duvido de vida pós-morte, mas sei que seria bem pior ter certeza de que além daqui nada há...).
Se existem psicopatas de almas certamente são os céticos exaltados. Porque se o ceticismo é valoroso para se compreender o mundo, quando demasiado só serve para matar a fé. E fé é o que alimenta a alma.
Não, meu (inha) amigo (a)... Não falo de fé em deus, ou em religiosidade ou qualquer coisa dessa esfera. A fé que falo, mais que tudo se traduz em esperança de algo melhor. Melhor para você, para mim e para o mundo. Afinal, quem não tem esperança no amanhã incorre a abrigar em suas entranhas um algoz que usa a descrença em tudo como arma implacável, que fere a partir de dentro e faz chagas externas invisíveis, mas que se manifestam como dor insuportável a quem as sofre e àqueles que são seus convivas.
De vez em quando ouço alguma palavra de um ateu que se diz convicto de sua não crença. O que já é contraditório por que essa não crença é também uma crença, que por sua vez é uma crença de quem não crê, mas que crê em algo que é a negação de qualquer crença...
São gente muito confusa, isso eu sei...
Acham que vão transformar o mundo se destituírem as pessoas da religiosidade ou da fé. Por vezes chegam a se portar como tolos que se fazem de rebeldes e sábios e que tudo sabem, mesmo quando nada sabem (o que não é raro). Mal parecem saber que o dilema crucial não é o “crer ou não crer”, mas “crer cegamente ou crer de olhos abertos”.
Pois quem crê de olhos abertos não se permite embriagar no ópio, que Marx e Freud diziam ser a religião. Quem crê de olhos abertos percebe o quanto podem ser mentirosas as apropriações mundanas do que é considerado divino, mas também sabe reconhecer as beneficies das crendices que inspiram coisas boas.
E assim, de pouco importa me indagar se Jesus era filho de deus ou não, se teve um caso com Maria Madalena ou se ressuscitou no terceiro, no quarto, quinto ou em dia algum. Também não interessa saber o que é o Nirvana e como Buda o alcançou. Além do que, tanto faria questionar se uma figura mais “mortal”, tal como Guevara, foi um herói ou um psicótico sanguinário.
O que vale mais é tomar para si essas idéias de amor humanitário trazidas por esses homens, e para isso não é preciso cultuá-los ou tê-los como perfeitos. Já que se as ações podem ser errôneas, e no mais das vezes são, mesmo quando parecem ser ideais. A rota que conduz a um objetivo, por mais sublimes que sejam os planos de chegada, quase sempre se revela enganosa e traiçoeira.
Além disso, crucificar os outros por seus erros talvez seja uma forma covarde de tirarmos de nós mesmos os pesos de nossas próprias cruzes... A crítica não pode deixar de ser um exercício constante também para com nós mesmos. Não pode se deter apenas no aspecto negativo das coisas. Não deve ser só desconstrução. A base de uma crítica deve ser, antes de tudo, uma possibilidade para se vislumbrar novos horizontes.
Afinal, quando muito dizemos mal das ações de outrem esquecemos que nós também não conseguimos realizar tudo aquilo que queríamos. Por isso a(s) história(s) da humanidade é (são) assim: grande livro inacabado, onde sempre esquecemos de ler as notas de rodapé, que são mais extensas que o próprio texto... E no qual impera aquele sentimento de que os pesadelos não traduziram o acalento das palavras de bons sonhos que diziam nossas mães para nos fazer adormecer...
Porém só muda a si mesmo e muda o mundo quem ousa enfrentar os perigos desses pesadelos que sabe lá se vão acontecer. Só se realiza algo relevante quando não se teme e não se deixa desacreditar da utopia...
E assim digo sempre aos malditos conspiradores criados ou não por mim: Nunca me impeçam de sonhar, pois um homem sem sonhos pode até biologicamente viver, mas não é muito mais que um ser morto... Vivendo (?) estático e imerso na podridão dos vazios da descrença do seu próprio eu...
P.S.: Isto foi apenas uma quebra no afastamento. Até mais, companheiros!
Eu creio em anjos em pessoas iluminadas, de bom coração que em algum momento aparecem em nosso caminho, em nossas vidas para nos oferecer ajuda, conforto e e um carinho sincero.
ResponderExcluirNa História, muitos seriam condenados, poucos aclamados e salvos, mas como você disse, existem notas de roda pé, existem pontos que não foram bem interpretados...
Não gosto de criar polêmicas, mas é fácil dizer que este ou aquele líder, ditador era um louco. Então toda a História fica resumida a isso: Ah, aquilo aconteceu, foi daquela forma, por que o sujeito era um louco. Creio que há mais a ser descoberto, estudado e interpretado, pois nem sempre nossas ações representam o que de fato somos ou o que de fato os outros veem e pensam sobre nós e assim é a humanidade, a História.
E para finalizar aí vai uma frase, um pensamento que costumo dizer: "Ninguém é tão bom quanto parece e nem tão mau como dizem".
Então precisamos acreditar em algo...em algo bom e que se algo mudar, será para melhor.
Te cuida!
Beijo
Até...
Grande Diego!
ResponderExcluirQue bom tê-lo de volta e poder ter aulas inteligentes como as suas.
Este texto já mostra o que vem por aí!
Quando vc fala nos ateus, me lembrei de um amigo que estufa o peito, e diz: "Sou Ateu, graças a Deus!" rsrsrsrsrs
Um abração!
Está de volta o grande pensador, já era tempo não é mesmo?!
ResponderExcluirQue post mais polêmico Diego, fiquei realmente refletindo sobre minhas idéias de crença, descrença e principalmente fé. Como você mesmo disse não estamos aqui falando em deuses ou religiões, mas na simples fé, fé em algo que não se pode ser provado cientificamente (se é que podemos fazer, com alguma coisa, isso), mas vá lá, é difícil, pelo menos pra mim pensar em anjos voando, ou em qualquer coisa que se possa dizer sobrenatural, poderia dizer que sou um cético total, mas pensando bem, sempre há aquela "fezinha" em algo que não se vê, mesmo que seja tradicionalmente imposto na mente do ser humano. Realmente não se há discurso o bastante para se falar de crer ou não crer, isso é totalmente individual.
Que bom que você voltou!!!
ResponderExcluirMaravilha de texto!! Ai de mim se não fossem os anjos que Deus colocou na minha vida e a fé que tenho em Deus e na minha capacidade de lutar e depois vencer.
Bjs.
Fico feliz com o seu retorno e com a sua visita!
ResponderExcluirObrigada!
Apareça no Cripta Dos Filmes tb.
Beijo
Até...
Olá Diego! Ótimo Blog! Tô seguindo! Abraços, Diemer
ResponderExcluirDinovo, dinovo...vc voltou!!! obaaaa...saudades!
ResponderExcluirA propósito: adorei o texto, parabéns pela excelente reflexão!!